sexta-feira, 13 de maio de 2011

Estudante do Rio vai à China disputar título de campeão de mandarim


Tomaz Mefano faz o curso de relações internacionais da UFRJ.
Ele diz que fonética e escrita são grandes desafios para aprender chinês.

Ele diz que fonética e escrita são grandes desafios para aprender chinês.

A China está cada vez mais em evidência, mas se comunicar com um chinês continua sendo um desafio. Falar mandarim, uma das línguas mais faladas na China, é tão difícil que tem até concurso mundial para estrangeiros. Um carioca de 21 anos já está de malas prontas para Pequim e com a língua afiada para tentar superar outros 139 candidatos e se tornar campeão do mundo em 'chinês'.
Tomaz Mefado é estudante do curso de relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele foi o brasileiro mais bem classificado na seletiva preliminar de uma concorrida prova de proficiência em mandarim, o Chinese Bridge, promovido pelo Ministério de Cultura da China. A seletiva foi organizada pelo Instituto Confúcio na Unesp.
A paixão de Tomaz pela China surgiu quando era mais novo. Ele sempre gostou muito de músicas e filmes chineses. Aos 16 anos, ganhou uma bolsa de estudos e foi para Chang Zou, uma cidade de três milhões de habitantes, por onde ficou durante um ano.
Tomaz Mefano morou na China (Foto: Patrícia Cunha/G1)Tomaz Mefano morou na China (Foto: Patrícia Cunha
/G1)
Tomaz explica que para aprender a falar mandarim a dedicação tem que ser diária. Isso não foi problema para ele. O estudante mergulhou a fundo na cultura, se apaixonou pelo país e encarou o desafio de aprender a ler e a falar uma língua na qual se você errar o tom, em vez de dizer "mamãe" pode falar uma palavra totalmente estranha. "Eu tentava ler um pouco todo dia, porque para mim esta é a maneira mais descontraída, divertida e eficaz para você aprender uma língua diferente", diz Tomaz.
A pronúncia é uma das maiores dificuldades para quem estuda mandarim. "É uma língua monossilábica. As palavras são curtas, e para diferenciá-las é preciso variar o tom", diz Tomaz. As palavras "sopa", "açúcar", "deitar" e "quente", por exemplo, têm a mesma pronúncia em mandarim, só viariando a entonação. Outra barreira é a escrita. “São mais de dez mil símbolos e cada palavra é um desenho diferente, é como se fosse outra língua dentro do chinês”, afirma o brasileiro.
O mandarim não é uma língua do futuro, mas para se aprender agora, diz Tomaz. Ele destaca que muitas empresas buscam profissionais que saibam falar o mandarim. "No Rio já devem ter umas 500 pessoas aprendendo mandarim, e as universidades da China estão promovendo cursos para que o estrangeiro aprenda a falar a língua deles", ressalta. "O problema é que é um idioma muito difícil de se aprender."

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